TUELA
Peça generativa audiovisual
Centro Cultural Adriano Moreira, Bragança, 2024/2025
Tuela é um espaço onde o natural e o abstrato se encontram, onde luz e som se tornam vectores de introspeção e contemplação. A instalação celebra o poder da simplicidade, convida o visitante a fluir com o movimento da obra, tal como a água do rio que lhe dá nome. Esta peça integra um projecto maior intitulado Paisagens Liminais, uma colecção de obras que exploram os espaços de transição entre o real e o sensorial.
Sobre a Composição
Inspirada pelo rio que serpenteia tranquilamente pelas paisagens de Trás-os-Montes, como todo o curso de água, a peça também se transforma. Dobra-se sobre em si mesma, encontrando silêncios, curvas e descontinuidades. Este fluxo contínuo e imprevisível serve como metáfora a uma paisagem de presenças e ausências que se interligam no tempo.
A peça combina música ambient com projeções de vídeo: texturas sonoras e visuais, sombras e cores que dialogam com a memória. Esta fusão transforma o espaço galerístico, convida o visitante a transportar-se para um ambiente fluido, onde o tempo e o espaço parecem dissolver-se. Cria-se assim um ambiente no qual o público pode repousar em serenidade e reflexão.
O que significa ser uma peça
generativa?
Tuela é uma obra generativa, o que significa que ela se recria continuamente. Cada visita à instalação é única, pois som e imagem evoluem de forma imprevisível, gerando novos momentos a cada instante. Este fluxo dinâmico reflecte sobre o onde transitório, mas onde nada se perde por completo. Assim como um rio que encontra diferentes paisagens ao longo do seu curso, Tuela nunca é a mesma, oferece ao público um encontro sempre renovado com a obra.
Experiência Sensorial
Som: camadas de música ambient tecidas de forma fluida, com texturas sonoras que evocam a calma e a profundidade.
Vídeo: projeções que alternam entre paisagens abstratas e texturas naturais, reflexos de luz, movimento do vento nas árvores ou transição suave das cores ao longo do dia.
Os dois elementos dialogam assim continuamente, criando um ambiente onde o público é convidado a observar, sentir e perder-se nas nuances da peça. O espaço transforma-se num refúgio sensorial que permite a conecção com a serenidade da natureza , num espaço seguro e envolvente o público. A sintonia da peça com os próprios ritmos internos do visitante, convida-o a alcançar um estado de presença plena e conexão consigo mesmo.
Ficha Técnica
Composição e som
Formato sonoro: Peça em 6 vias áudio, concebida para criar um ambiente espacial e imersivo.
Processamento e geração de Som: Criado com a utilização do software Max/MSP (Cycling ’74).
Elementos Musicais: Instrumentos orgânicos e sintetizadores tratados analógica e digitalmente. Gravações de campo captadas na região de Trás-os-Montes, incorporando paisagens sonoras naturais e elementos da memória local.
Vídeo-luz
Captação de Vídeo: Paisagens filmadas pelo autor com câmera full-frame e com Video8. Objetos em 3D captados por tecnologia LiDAR, integrando elementos do mundo físico em um contexto digitalizado.
Software utilizado: Vídeo gerado e manipulado em TouchDesignere Max/MSP, exploração de texturas visuais fluídas e orgânicas.
Processamento analógico: Conversão de digital para analógico conferindo um caráter nostálgico à imagem. Vídeos projectados em televisões, explorando contraste em tecnologia digital e analógica.
Duração
A peça é generativa, criando novos fluxos sonoros e visuais continuamente. A duração é imprevisível.
Equipamento
Computador: computador para geração e processamento de som e vídeo em tempo real.
Projeção de Som: sistema de seis canais para uma experiência espacial imersiva.
Exibição Visual: televisões CRT que reforça o tom nostálgico da instalação.
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O diabo da Sé
Centro Cultural Municipal Adriano Moreira, Bragança, 2023-2024
Peça de videoarte e sonoplastia para a exposição colectiva “O diabo da Sé”.
O diabo da sé (excerto)
peça original - 1920x1080, color, sound, 20’51”, loop
peça original - 1920x1080, color, sound, 20’51”, loop
“Um projeto soberbo e único, que surge pelas mãos de Miguel Moreira e Silva e José Pedro Teixeira e que está parcialmente espelhado na exposição “Recriar/Criar a partir das tradições”, inaugurada, ontem (18 de dezembro), no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira. Partindo de uma figura que confunde o mais perspicaz dos seres, já que tanto se assume como dia, como noite, como protetor e agressor, o Diabo da Sé promete inspirar sentimentos controversos a quem com ele se cruzar.Um projeto inovador que, a partir da tradicional imagem dos Caretos se transforma e dá lugar a uma figura enigmática, o Diabo da Sé.A exposição “Recriar/Criar a partir das tradições” está patente até ao dia 22 de janeiro.“
APROPRIAÇÃO
Centro Unesco, Beja, 2019
“Para construir, que se construa para lá do agora, para que se possam repensar os significados. Em constante corrida pela singularidade, que não se esqueça o grupo e o poderoso efeito agitador das partes que o compõem. Agarrem-se agora elementos sem dono e, fazendo uso do tempo, que se crie em desconformidade.”
Agradecimento ao Tiago Pereira e à Musica Portuguesa a Gostar dela Própria pela cedência de algumas imagens.
Instalação áudio/visual em 4.1
1920x1080, color, sound, 8’48”, loop
1920x1080, color, sound, 14’25”, loop
1920x1080, color, sound, 9’36”, loop
1920x1080, color, sound, 11’12”, loop
Agradecimento ao Tiago Pereira e à Musica Portuguesa a Gostar dela Própria pela cedência de algumas imagens.
Instalação áudio/visual em 4.1
1920x1080, color, sound, 8’48”, loop
1920x1080, color, sound, 14’25”, loop
1920x1080, color, sound, 9’36”, loop
1920x1080, color, sound, 11’12”, loop
2019
ORGANICA DEGENERATIVA
X
#VOLTAJOÃOBOTELHO
Museu, Lamego, 2018(folha de sala)
ENG
Installation integrated into the ZONA 2018 programming
On display at the Lamego Museum from August 29 to September 1, 2018
Installation integrated into the ZONA 2018 programming
On display at the Lamego Museum from August 29 to September 1, 2018
PT
Instalção integrada na programação ZONA 2018
Em exibição no Museu de Lamego de 29 de Agosto a 1 de Setembro de 2018
Instalção integrada na programação ZONA 2018
Em exibição no Museu de Lamego de 29 de Agosto a 1 de Setembro de 2018
2018